Melancolia e Auto Estima

o Evangelho segundo o Espiritismo, repositório de sublimes consolações e esclarecimentos, no Capítulo V, item 25, o Espírito François de Genéve, em comunicação transmitida na cidade de Bordeaux, diz ser a melancolia uma saudade que o Espírito reencarnado tem da pátria espiritual. É de extrema importância e urgência que as criaturas reajam a este estado, reforçando a fé em Deus e ocupando-se de algum modo de forma positiva, procurando ser útil a si mesma e à sociedade. Hoje a palavra moderna para melancolia é depressão.

         Louise L. Hay, orientadora espiritual, professora e conferencista norte-americana, incentiva as pessoas a atitudes positivas coerentes com as Leis Morais inseridas em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, obra síntese da Doutrina Espírita. Há mais de quinze anos, após ter-se curado de câncer, vem auxiliando milhares de pessoas a descobrirem e usarem seu potencial de cura individual na luta contra doenças graves. Ela ensina-nos os nove passos para amar a si mesmo:

01) Abandone toda crítica. Recuse-se à criticar. Aceite-se como é. Todos nós mudamos; Esta recomendação, naturalmente, dá um grande alívio, livra-nos de uma enorme pressão interna de cobrança descabida.

02) Não se amedronte. Pare de se aterrorizar com seus pensamentos. Crie uma imagem mental positiva. A minha são rosas brancas, o céu e o mar que me dão muita paz e alegria.

03) Seja gentil, bondoso e paciente, seja gentil com você mesmo, trate-se como trataria alguém a quem ama.

04) Seja bondoso com sua mente. O ódio por si mesmo é apenas o ódio a seus pensamentos, Mude-os delicadamente.

05) Elogie-se. A crítica enfraquece o Espírito. O elogio o fortalece. Elogie-se o máximo que puder. Diga a si mesmo que está indo bem em cada detalhe de sua vida.

06) Dê apoio a si mesmo. Encontre maneiras de se dar apoio. Procure amigos e permita que o ajudem. É sinal de força pedir ajuda quando mais precisa.

07) Seja tolerante com seus defeitos. Reconheça que os criou para satisfazer uma necessidade. Agora está encontrando maneiras novas e positivas de responder a essas necessidades. Com tolerância liberte-se dos antigos padrões vibratórios

08) Cuide de seu corpo. Informe-se sobre a melhor nutrição adequada a você. Sobre exercícios. Proteja e reverencie o templo em que habita.

09) Olhe nos próprios olhos com freqüência . Expresse o crescente sentimento de amor que tem por você mesmo. Perdoe a si  mesmo, olhando ao espelho. Converse com seus pais olhando ao espelho. Perdoe-os também.

 
Os conceitos de nossa querida irmã Louise tem por síntese: Respeito – Amor e Perdão.

Recomendações sempre presentes nos ensinamentos cristãos, e na síntese admirável de Jesus, o Cristo de Deus ao afirmar: “Ama à Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Não faças ao próximo o que não deseja para ti. Eis toda a lei e os profetas”.

Helena Delphino Bragatto

Núcleo Kardecista Paz, Amor e Fraternidade.

Os Problemas da Existência

Quem não tem problemas no dia-a-dia? Não tê-los já é um problema, dizem alguns. Probleminhas todos “tiram de letra”; problemas já são coisas mais sérias; problemão, “ai, socorro, que ninguém é de ferro” é o que se ouve por aí.

         A Doutrina Espírita nos esclarece que os problemas, realmente o são, dependendo do ponto de vista. Há problemas naturais, aos quais todos estão sujeitos. Há problemas criados com a própria mente e distantes da realidade. Como os há de todos os tamanhos e tipos, desafiando a inteligência, a dignidade, a saúde, etc… De modo geral, problemas são também colheita do que se plantou nesta ou em outras etapas de existências. É lei de causa e efeito. Jesus nos ensina a prestar atenção nas partes boas que todas as questões possuem, ainda que seja para adquirir experiência. Seja como for ninguém gosta de Ter problemas. É preciso considerar que a lei de progresso, de evolução, não permite que haja algo estático na natureza, pois esta apresenta-se em constante mutação. Os problemas, de modo geral, fazem com que o homem, curioso e agitado naturalmente,  esteja sempre em busca de algo. Há os mais e os menos envolvidos nesta busca da qual ninguém escapa. É mais fácil achar o maior diamante do mundo, que alguém totalmente satisfeito. Existe uma fonte de problemas gerada pelo próprio homem, entre tantas outras que se chama teimosia. A rigidez, a teimosia vem a ser um verdadeiro tormento para muitas pessoas. Por exemplo: A criatura precisa ir ao médico e vai adiando… teimando. Precisa realizar uma viagem que vai resolver várias coisas e vai adiando… teimando. A vida envia mil recados, como a dizer: “Ô Companheiro, mexa-se! E o teimoso vai adiando.

         E assim, probleminhas viram problemões, que por sua vez, dão mais força ao teimoso para sê-lo. O teimoso gosta de ficar “empacado”. Não gosta de conselho, irrita-se facilmente, tornando-se problema de fato para a família e para a sociedade. Mas como na vida absolutamente nada fica parado, acabam surgindo situações que forçam a criatura ir para frente, mesmo a contra gosto. Basílio José costuma dizer que as pedras ajudam os teimosos irem em frente, quando nelas tropeçam. Isto significa que surge, inevitavelmente, pela Divina Providência, que é o amor de Deus em ação, aquelas situações chamadas “difíceis”, mas que ajudam o homem progredir. As dificuldades, os problemas na verdade, são preciosas lições em nosso caminho, para nos levar ao progresso.

         Conta-se que um encouraçado estava em alto-mar, no meio de uma tempestade, há vários dias. A visibilidade era ruim devido à cerração, e por isso o capitão permanecia na ponte, de olho em todas as atividades. Pouco depois do anoitecer, o vigia ao lado da ponte informou:

– Luz a estibordo na prôa.

– Está parada, ou vai à ré? Gritou o Capitão.

– Parada, Capitão – respondeu o vigia, e a resposta significava que o encouraçado cursava perigosa rota de colisão.

O Capitão então gritou para o sinaleiro:

– Avise aquele navio; estamos em rota de colisão, recomendo desviar de 20 graus.

O sinal foi respondido:

– Recomendo vocês desviarem de curso 20 graus.

– Transmita – disse o Capitão – Sou Capitão, desvie curso 20 graus.

– Sou Marujo de Segunda classe – veio a resposta – melhor mudar o curso 20 graus.

Àquela altura, o Capitão já furioso, vociferou:

– Transmita: Sou um encouraçado. Melhor desviar curso 20 graus.

Piscando, logo veio a resposta:

– Eu sou um farol.

O encouraçado desviou o curso.  

Helena Delphino Bragatto

Núcleo Kardecista Paz, Amor e Fraternidade.

Pai Nosso

PAI NOSSO

Não só nosso mas do Universo

QUE ESTAIS NO CÉU

No mar, no ar, na imensidão que abrange nossos pensamentos

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

Nome que tantas vezes pronunciamos em vão, entre egoísmo e a vaidade, para ganharmos bens materiais entre guerras mas que, entendido, nos mostra seu verdadeiro significado: a PAZ.

VENHA A NÓS VOSSO REINO

Reino de Justiça e de Paz, de Amor e suprema Caridade; reino onde o perdão governa e o coração repleto de amor aprova

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

Fazendo, Senhor, que entre os dois planos de vida, o espiritual e o material, possa reinar a harmonia

   O PÃO NOSSO DE CADA DIA DAI-NOS HOJE

O pão da alegria, mesmo que essa alegria chegue através das dores que tanto nos engrandecem a alma, mostrando o verdadeiro sentido da humildade

PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS

Mas nos dai oportunidade de corrigirmos os nossos erros, trabalhando em pro do semelhante

ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO

Tentando perdoar, á Senhor, embora ainda tenhamos o costume de colocar o nosso interesse em tudo

E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO

Mas sempre que nos for necessário para o teste de nossa fé, que possa essa tentação ser a prova para vossa suprema e Divina Avaliação e que tantas vezes ela nos seja aplicada quanto necessário for esse teste de fé

MAS LIVRAI-NOS DO MAL

A medida que formos suficientes para não deixar que ele se

aproxime de nós em nossas idéias e ações

QUE ASSIM SEJA

Feita a Vossa vontade em todos os momentos de nossa vida

                                                                                                                               
JUAN

Associação Espírita Jesus Nazareno – São Carlos – SP – Reunião Mediúnica de 21112/1998                                                   
Médium : Andréa

A Parábola do Bom Samaritano

Levantando-se um doutor da lei experimentou-o, dizendo:  – Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: – Que é que está escrito na lei? Como lês tu? Respondeu ele: – Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força e de todo o teu entendimento e ao próximo como a ti mesmo. Replicou-lhe Jesus: – Respondeste bem; faze isso e viverás. Ele porém, querendo justificar-se perguntou a Jesus: – E quem é meu próximo? Jesus lhe disse:

         Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores que, depois de o despirem e espancarem, se retiraram, deixando- meio morto. Por uma coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote; e quando o viu passou de largo. Do mesmo modo também levita chegando ao lugar e vendo-o passou de largo.

         Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem, e vendo-o teve compaixão dele; e chegando-se atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse:

–     Trata-o, e quanto gastares de mais, na volta to pagarei.

         Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?

         Respondeu o doutor da lei:

–         Aquele que usou de misericórdia para com ele.

Disse-lhe Jesus:

–         Vai e faze tu o mesmo.

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 Fariseu: (Do hebraico: parasch) divisão, separação. A tradição constituía parte importante da teologia judaica. Consistia na reunião das interpretações sucessivas dadas aos trechos das escrituras, que se haviam transformado em artigos de dogma (opinião). Devido as discussões infindáveis e as inevitáveis divergências, fizeram surgir várias seitas que pretendiam cada uma entre si, ter o monopólio da verdade. (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo).

Levita: Padre da tribo de Levi.

Próximo: Alguém que precisa de nós, independente de qualquer coisa, sem restrições.

Misericórdia: Elo das virtudes cristãs.

Samaritano: Eram considerados heréticos aos olhos dos judeus ortodoxos; por isso mesmo eram desprezados, anatematizados e perseguidos.

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          “Que é que está escrito na lei?”

         “Como lês tu?”

         Jesus coloca o doutor da lei em posição de analisar em profundidade e consciência. Como lês tu?, ou seja, como interpretas? Porque a letra mata e o espírito (essência) vivifica.

         Qual dos três agiu bem? O que usou de misericórdia. Respondeste bem; faze isso e viverás, ou seja, não basta conhecer, é preciso vivenciar tanto com os afins como com os “diferentes”.

         E quem é meu próximo? Estranha pergunta. Na letra, o próximo é aquele que está mais perto de nós. Quem é o meu próximo? Não basta estar perto, é preciso aproximar-se de fato, interessar-se, querer ser útil, seja ele amigo ou inimigo. “Amai os vossos inimigos”, ensina Jesus.

         Um homem descia de Jerusalém a Jericó.

         Jerusalém – Centro Religioso – Vibrações menos densas;

         Jericó – Centro Comercial – Vibrações mais densas.

         Possivelmente, mergulhado em vibrações densas o homem sintonizou com as vibrações dos assaltantes – que o maltrataram e roubaram.

         Pelo mesmo caminha passava um sacerdote, possuindo condições para socorrer, mas não o fez. Passou de largo. Usou seu livre arbítrio para tomar essa decisão. Seu conhecimento e atitude prendiam-se ao aspecto teórico. Pensou primeiramente em sua comodidade.

         Em seguida, passa um levita – um padre da tribo de Levi; também conhecia a lei. Passou de largo. Afinal o lugar estava deserto. Ninguém examinava sua atitude.

         Um samaritano, que ia de viagem, aproximou-se, interessou-se – vendo-o ferido sentiu compaixão – atou-lhe as feridas, limpou-as com azeite e vinho.

         Pois bem, já havia feito a sua parte no bem. Mas foi além. Repartiu com o ferido o meio de transporte; levou-o a uma hospedaria. Pois bem, o atendimento já estava ótimo. Mas foi além. No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro e ainda lhe disse: – trata-o bem e quanto gastares de mais, na volta to pagarei.

         Jesus nesta parábola ressalta “toda a lei e os profetas”, no “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.

         O samaritano não pergunta quem era o ferido. Estava ferido. Precisava de ajuda. Ajudou-o. Não perdeu tempo com preconceitos tolos que barram a ação do bem irrestrito.

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 Segundo Cairbar Schutel,  o viajante ferido é a Humanidade saqueada de seus bens espirituais e de sua liberdade, pelos poderosos do mundo;

O samaritano que se aproxima é o próprio Mestre Jesus;

         O azeite é o  símbolo da fé, o combustível que deve arder na lâmpada que dá claridade para a Vida Eterna, a sua Doutrina de Amor;

         O vinho é o suco da vida, é o espírito da sua palavra;

         Os dois denários dados ao hospedeiro são: a caridade e a sabedoria, máximos valores universais.

         E o que mais gastares – resume-se na abnegação, nas vigílias, na paciência, dedicação, que seriam naturalmente recompensadas;

         O hospedeiro representa os que receberam os seus ensinos e os denários para cuidarem dos necessitados.

         Jesus veio para os doentes e necessitados em geral. Segundo Ele, os sãos não precisam de médico.

Helena Delphino Bragatto

Núcleo Kardecista Paz, Amor e Fraternidade.

Reencarnação

John Demey (1859-1952) – filósofo e pedagogo norte americano, mostrou que a educação existe em função da morte. Se não morrêssemos não precisaríamos desse processo de vez que a cultura não sofreria solução de continuidade. Nos esclarece o Prof. José Herculano Pires e ainda acrescenta: Se Demey tivesse a visão espírita de René Hubert acrescentaria que a educação existe em função da reencarnação. O que nos é fácil compreender, mesmo porque, segundo o codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, o objetivo do Espiritismo é educar o homem para viver a sua imortalidade, tendo por base o Cristianismo primitivo e as imutáveis leis naturais.

         A reencarnação, segundo a Doutrina Espírita, é a chave que abre os horizontes ao conhecimento. Liga-se à todas as demais leis da natureza: Progresso, Causa e Efeito, etc… Às pessoas materialistas, por serem ainda muito apegadas à matéria, tudo isto pode parecer absurdo e surrealista.

         Mas não é. Por ser a reencarnação uma lei natural, pode ser comprovada pelo método científico, como já o foi inúmeras vezes pela equipe do Prof. J. Rhine e Louise Rhine, nos Estados Unidos, e por muitos outros eminentes e conhecidos cientistas. Na verdade não se deveria estranhar a questão da reencarnação. No Novo Testamento e no Evangelho segundo o Espiritismo, assim como em inúmeras obras filosóficas e religiosas de todos os tempos, encontramos referências respeitáveis. Nossa própria maneira de viver revela que não vivemos somente em função da matéria.

         Ensina-nos J. Herculano:

         “Não vivemos organicamente mas de maneira psicológica. Vivemos de aspirações, de interpretações da realidade, de sonhos e muitas vezes de ilusões. São nossos pensamentos e sentimentos, nossas emoções e nossos desejos que determinam o nosso comportamento”.

         De onde vem tudo isto, se já não tivéssemos vivido antes? Se os seres demonstram tantas diferenças psicológicas, onde as adquiriram? Até nos bebês notamos essas diferenças. Encontramos, às vezes, pessoas curiosas sobre o assunto, no sentido de saberem o que ou quem foram em outras encarnações. É muito fácil saber e qualquer um pode responder à si mesmo, pois basta observar as próprias tendências, inclinações, preferências. A busca desse conhecimento dever ser para dentro de si mesmo, auto conhecendo-se.

         O homem reencarna para evoluir. Ninguém nasce para ser herói ou bandido, feio ou bonito, rico ou pobre. A questão da reencarnação é muito séria, para ficar feito bola de “ping-pong” das vaidades humanas. A reencarnação é oportunidade bendita de busca de conhecimento, equilíbrio, espiritualização, educação.

         Deus dá oportunidade a todos, numa programação plena de amor e misericórdia pelas faltas inúmeras que o homem comete “não porque seja mau, mas por ser ignorante”, afirma o Mestre Jesus.

 

 Helena Delphino Bragatto

Núcleo Kardecista Paz, Amor e Fraternidade

Sê a Luz

A luz nos aspectos físico e espiritual tem grande e profundo significado, esteja ela presente nos grandes sóis ou nos pirilampos graciosos, nas chamadas fogueiras, nos lampiões, nas modernas iluminações das ruas e avenidas, assim como nos sorrisos, nos olhares e nos gestos de bondade.

         Mas há uma luz, que entre todas se destaca, mantendo-se pelos séculos sem fim. É aquela Luz Maior, que esteve no mundo, sem ser do mundo, iluminando com seu amor os corações de todos que o procuravam e procuram até hoje e para sempre. Esta inigualável Luz a irradiar-se é o amor mais puro, é o nosso Mestre Jesus. E Ele nos ensina que a luz não pode ficar debaixo do alqueire, mas no candeeiro, iluminando a todos. Jesus ensinou e exemplificou as leis de Deus, que são também leis naturais para todos, universalmente. O Mestre Sublime não fundou nenhuma religião, mas os seus ensinos são luzes para todos os templos vivos da verdade. Refletindo sobre os templos, vamos encontrá-los em variada expressão, não necessariamente religiosa, pois as escolas são templos de ensino; os hospitais são templos de tratamentos; os lares, templos das famílias; templos religiosos onde indivíduos e coletividades cultuam a Deus, único para todos, embora com muitos nomes, a seu modo e de acordo com a fé que possuem.

         Desde o momento sublime do nascimento de Jesus, em humilde manjedoura, a luz se fez para o pobre e angustiado planeta Terra, para nunca mais se apagar. Naquele momento sublime, uma humilde estrebaria se fez dos mais iluminados templos de todas as épocas. Em meio à simplicidade das representações dos reinos da natureza Jesus nasceu entre os homens.

         Francisco de Assis, o poeta de Deus, criou o presépio, que em todos os detalhes, se fez mensagem para a Humanidade inteira. O reino mineral, representado no rude chão, terra e pedras misturadas. O reino vegetal, no aconchego das palhas, forrando e aquecendo o divino menino. O reino animal, na docilidade dos irracionais se fez presente, aquecendo o ambiente com o hálito fraterno. O reino hominal, na solidariedade dos pastores e dos reis magos, provando que os homens são iguais perante Deus. O reino angelical, tendo Gabriel à frente, o anjo da anunciação e providência divina, junto a muitos outros, cantavam Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade. Todos os homens trazem a marca da luz, pois todos somos filhos de Deus e Deus é a luz suprema, o bem irrestrito.

         Cada um de nós tem o dever de cuidar e exteriorizar esta luz, em todas as expressões de caridade, que não se restringe à esmola, mas ao cumprimento das leis de Deus.

         Portanto:

Sê a luz – que  se propaga clareando a estrada da redenção;

Sê a luz – e que ela jamais se apague em tua mente e coração;

Sê a luz – que aquece e suaviza as aflições de teu irmão;

Sê a luz – incansável, sublime, varando as trevas da ingratidão;

Sê a luz – ainda que pequenina e trêmula no exemplo do perdão;

Sê a luz – por onde andar, entre todos que encontrar, mitigando a fome, a sede, a solidão, o pesar;

Sê a luz – pequena ou grande, que importa? Pois tens a nobre missão de iluminar em nome do Amor Maior.

 

Helena Delphino Bragatto

Núcleo Kardecista Paz, Amor e Fraternidade.

Seis Lições de Relações Humanas

Seis palavras mais importantes:         →       “Eu admito que cometi um erro”

Cinco palavras mais importantes:      →       “Você fez um bom trabalho”

Quatro palavras mais importantes:    →       “Qual a sua opinião?”

Três palavras mais importantes:        →       “Pode, por favor”

Duas palavras mais importantes:       →       “Muito obrigado”

Uma palavra mais importante:           →       “Nós”

Uma palavra menos importante:       →       “Eu”
       

          A sabedoria divina criou o homem como um ser social, portanto, para viver em sociedade. Parece a coisa mais simples do mundo e é, na teoria e na prática. Encontramos na relação acima os sinais indeléveis do Cristianismo e da Doutrina Espírita que é a mesma coisa. Admitir que se comete erros, pois afinal somos todos imperfeitos, é uma atitude positiva no combate ao orgulho. Elogiar sinceramente o trabalho de alguém é dar prova de valorização do próximo. Pedir a opinião de alguém é repartir responsabilidades, tendo em estima a experiência do próximo. Ser acessível, dar abertura para que o próximo se aproxime sem receio de levar um “não” como resposta, muitas vezes por questões singelas. Agradecer, como é fácil ser grato. Duas palavras apenas – muito obrigado – com o poder de afastar pesadas nuvens de incompreensão. E a palavra “nós” é um convite a partilhar, ao invés de “eu”, tem o poder de derrubar muralhas. Se o relacionamento humano muitas vezes se torna difícil é porque muitos se sentem desobrigados de exercitar modos civilizados, que são perfeitamente passíveis de serem praticados, trazendo mais qualidade à vida de todos.

         Ninguém agüenta por muito tempo olhar uma fisionomia fechada, enigmática, de alguém que parece estar de mal com o mundo inteiro.

         É tão mais fácil sorrir, compartilhar, repartir… conjugar o verbo amar: Eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam… Assim ensinava Jesus.

 

Helena Delphino Bragatto

Núcleo Kardecista Paz, Amor e Fraternidade