O que eu posso fazer para mudar o mundo?

 

A máxima “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal”?

 

Um sábio da antiguidade vo-lo disse: “Conhece-te a ti mesmo” é destacada na pergunta 919 de “O Livro dos Espíritos”.

 

Mas como conseguir isto?, pergunta o codificador Allan Kardec aos Espíritos, que o respondem:

 

“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar”.

 

O primeiro passo para mudar o mundo é, portanto, trabalhando a si, “a chave do progresso individual”, como nos trazem os Espíritos. A partir deste momento de reflexão e reforma íntima contínua nos tornamos mais próximos à realização de ações que concretizarão o Evangelho do Cristo no nosso dia a dia.
Reformando-nos, agindo pautados no Cristo, é momento de nos unirmos, sendo este, pois, um aspecto de suma importância na transformação do mundo.
Como Jesus, nosso Mestre e Guia convida aos que desejam ser seus discípulos à prática dessa união, recomendando: “Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem”. Amemos, pois! Nesta caminhada de união, a paciência, o respeito, a benevolência, a tolerância se fazem essenciais na prática genuína do bem e no exercício da caridade, conforme questão 886 de “O Livro dos Espíritos”:

 

“Benevolência para com todos,indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”. Ao exercitar a caridade não apenas material, mas de palavras, pensamentos e ações positivas ao longo de nossa existência, trabalhamos por nosso melhoramento, ao mesmo tempo em que auxiliamos a caminhada de nossos irmãos e a mudança de mundo “Com serenidade, paciência, tolerância e solidariedade, empenhados na nossa reforma íntima e em busca da prática do Evangelho em cada ação do nosso cotidiano, trabalhamos na construção de um mundo melhor para hoje e para as novas gerações.”

 

Jorge Godinho Barreto Nery

presidente da FEB (Federação

Espírita Brasileira)

 

Mais de 32 anos de serviços prestados à entidade no Brasil e no exterior. É expositor e monitor espírita desde 1983 e divulga o espiritismo em diversos países.

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